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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 424-2

424-2

CONTROLE DE INFECÇÃO EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE: SEGURANÇA DOS PROFISSIONAIS E USUÁRIOS

Autores:
Emanuelle Barbosa de Quadros (UFSM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA,) ; Melissa Ca (UFSM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA,) ; Caroline Freitas Ochoa (UFSM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA,) ; Darielli Gindri Resta Fontana (UFSM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA,) ; Terimar Ruoso (UFSM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA,)

Resumo:
As Equipes de saúde da família são as principais portas de entrada para usuários no Sistema Único de Saúde (SUS), construída sobre diretrizes que reforçam a grande responsabilidade e o papel de ser um serviço resolutivo diante das necessidades de saúde da população mundial. As complexidades e densidades das demandas são crescentes nessas unidades e a temática da segurança dos usuários e das práticas de saúde compatíveis com o ambiente de saúde, um tema relevante para ser observado, estudado e aprofundado. As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são consideradas eventos adversos associados à assistência à saúde com alta taxa de morbimortalidade e, portanto, uma ameaça à segurança do usuário e a qualidade dos serviços de saúde. As equipes precisam adotar práticas seguras ao paciente, tanto para assistência quanto para manutenção do ambiente onde realizam o atendimento, através da higiene e desinfecção eficazes ao controle da disseminação de microrganismos patógenos presentes em superfícies e materiais, os quais o profissional e o usuário podem entrar em contato. Nessa perspectiva, o problema de pesquisa que norteou o estudo foi: Quais são as fragilidades encontradas em unidades de Atenção Básica com relação ao controle de infecções? Visando responder o problema, delineou-se como objetivo central de conhecer as fragilidades do controle de infecção em ESF’s associando à segurança do profissional de saúde e do usuário. Tratou-se de um estudo do tipo transversal, de natureza epidemiológica e experimental, com 3 etapas, observação da rotina de higienização das salas de procedimento, análise microbiológica do material coletado e questionário aos profissionais de saúde que atuam em salas de procedimento, sobre hábitos de higiene na rotina de trabalho. No total 8 ESF’s foram avaliadas, tendo-se como resultados que segundo os profissionais a organização do trabalho é boa, o descarte de resíduos em locais corretos é regular, a infraestrutura regular e a limpeza são vistas como boa ou regular; o material mais utilizado para limpeza de superfícies é o alcool 70% e o papel. As análises microbiológicas constataram-se crescimento de Staphyloccocus aureus, Staphyloccocus epidermidis, Escherichia coli e Salmonella, além da diversidade de espécies não identificadas e crescimento fúngico. Conclui-se, que as práticas de higiene adotadas na rotina de trabalho não são eficazes na proteção dos profissionais e usuários que acessam o serviço, sendo necessário incentivos protocolares para fortalecer as práticas no controle das infecções nas UBS’s e estudos epidemiológicos que ressaltam sua importância de implementação.

Palavras-chave:
 Atenção Primária à Saúde, Controle de Infecção, Enfermagem, Saúde Pública, Segurança do Paciente


Agência de fomento:
CEMICRO- Laboratório de microbiologia da Universidade Federal de Santa Maria- Campus Palmeira das Missões.